02/04/2013 às 08:57:50 por Angélica Camargo

Aprendendo a Ser e a Conviver

 

Escola Diego Henrique Gomes

 

 

APRENDENDO A SER E A CONVIVER

 

“Ser professor nos tempos atuais envolve coragem e amor. Coragem porque os tempos são difíceis; amor, porque com amor se consegue acolher os seres inacabados, porque ensinar, conforme Paulo Freire, “exige querer bem aos educandos”. Hoje, o desafio primeiro é saber quem é este ser que estamos recebendo. Quais são suas condições emocionais, além das cognitivas. Quais são suas construções relacionais, como se , como o outro, como o acolhe ou o rejeita.”

 

Em qualquer grupo humano que precisa conviver, se perguntarmos qual é a maior dificuldade, com certeza a maioria responderá: “as relações interpessoais”. Temos evoluído bastante em muitas áreas da ciência, especialmente nas novas tecnologias. Elas têm facilitado à busca de conhecimentos e a comunicação rápida, virtual. Mas, por outro lado, numa era de tantas facilidades, o essencial tem escapado de nós; o contato humano.

Sabemos tudo de todos, mas pouco sabemos dos sentimentos das pessoas mais próximas. Isso contribuiu com o aumento do isolamento e da intolerância nas relações interpessoais. Sentimentos de acolhida, bondade, solidariedade, que são resultado de contatos humanos, da escuta sensível, do tempo convivido, deixam de ser construídos.

Marcas das relações

Na sala de aula não costuma ser diferente. Nossos alunos chegam com muitas construções cognitivas, mas às vezes vazios de construções para a convivência harmoniosa e respeitosa. Alguns dirão que educação começa em casa e que não é tarefa da escola trabalhar essas questões. Se assim pensarmos, estaremos aumentando nossas dificuldades em sala de aula, pois o aprender acontece envolvido em dinâmicas relacionais.

O professor pode ser portador de uma bagagem enorme de conhecimentos de sua área específica, mas, se não consegue manter uma boa relação com os alunos, poderá bloquear a aprendizagem, frustrar-se e desanimar pelos resultados. Da mesma forma, o aluno que se sente acolhido pelo professor, respeitado e aceito pelo grupo de iguais, estará emocionalmente aberto para aprender.

Quase sempre, o que fica do ato educativo é a relação que se estabeleceu. Se buscarmos em nossa memória, o que vem à tona é isso. O conhecimento que construímos vai se sedimentando, mas a memória guarda as marca que ficam das relações que estabeleceram. Uma relação positiva nos ajudou a crescer em todos os sentidos. Conseguimos ser mais em função da acolhida, do afeto, do incentivo. É nesse aspecto que precisamos investir, ainda mais num tempo em que o ser humano vive relações conturbadas e as carga para o ambiente escolar.

 “A aspiração mais profunda do ser humano é a necessidade de apreciação. Sentir-se amado tal qual é. (...) O fato de ser aceito libera em mim tudo que em mim. não esperar nada de alguém é equivalente a matá-lo e esterilizá-lo. não será capaz de nada.”

Nesse sentido, é preciso perceber que essa educação se num processo que começa pela valorização das pequenas coisas, dos pequenos gestos. Esses pequenos gestos se dão em toda forma de comunicação humana: o olhar, o sorriso, o semblante. Todo o corpo fala.

O prazer e o amor surgem como resultado de uma integração entre corpo, mente, emoções e espírito. Somos uma unidade. O corpo é o instrumento dessa essência e é através dele que a luz interna pode se manifestar. É uma descoberta que inicia no eu para chegar ao nós.

 

 

 

Direção: Marlene de Souza Ravaneda

Pedagoga: Mariney R. R. Mazeto

 

 

 

 

 

 

 

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